domingo, 26 de outubro de 2008

Muito quente...

Ando me sentindo arrependida das vezes que joguei sal em cima das lesmas para vê-las derreter. Está um calor horroroso por aqui e eu me sinto a própria lesma, coberta de sal e derretendo! Como diz uma amiga: misericórdia!!!

domingo, 19 de outubro de 2008

Caleidoscópio

Aprendo sempre com meu sobrinho Dé, criatura abençoada. Em posse de seu poderoso caleidoscópio, gira-o que o gira e solta: "É que nem a vida da gente, né, titia?"
Colocações desse tipo surpreendem os adultos...
É sim, meu querido. A vida é como um caleidoscópio que reconfigura nossa existência a cada volta. Uma chama luminosa e ardente depois leve virada e a noite mais escura chega.. Rimas felizes, doces canções e planos fantásticos que muitas vezes dão em nada. A aurora mais vívida e aí a gente fica só, no crepúsculo mais profundo... Alternâncias entre claro e escuro, sombrio e grandioso, tristeza e alegria - "come un lampo di vita".
E assim sempre a gente espera o amanhã e uma virada do destino. Um raio de esperança com um gesto mínimo alterando todos os planos e por vezes os objetivos.
Com uma voltinha no caleidoscópio da vida, meu querido.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Praticamente da terrinha!

Muito calor em Curitiba. Não. Não há água de coco ou sorvete que dê jeito, só ficando debaixo de um teto - que não seja Eternit - e se protegendo do sol.
Ando conhecendo uns lugares legais, que em outros momentos não tive oportunidade: a feirinha do Largo da Ordem, as igrejas - a do Largo ainda reza missa em latim! - o Bar do Alemão, os antiquários, o parque Barigüi... Ah, a mesquita! Sam e eu Colocamos véu, tiramos o sapato e entramos nela. Duas Jades sem os Saids! hahaha Hoje não ia ser diferente, mas creio que o calor me fez ficar mal e passei o dia no apartamento. Aproveitei para começar a pintar os quadros pra Sam... Vou me divertir com as tintas.
Na realidade, acabei saindo um pouco à noite. Fomos ao Big ela disse que a fiz pagar o maior mico. Perguntando o por quê? Ahhh Vi duas perucas e sempre tive vontade de me ver morena ou de cabelos vermelhos. Nem pensei: parei na lojinha e pedi para experimentar as perucas. Uma pena não termos levado a máquina fotográfica para registrar o mico da Samantha... Fiquei linda, claro! Hahahaha
Amanhã é dia de visitar o sobrinho, matar a saudade daquele piazinho que não vejo desde janeiro... E a Sam já tá aqui falando que eu tenho que pegar o trem para Morretes e comer "Bareado" (o Barreado, comida típica paranaense, escrita na forma como alguns falam aqui... E parece barro!)
Pergunta mais ouvida nesses dias: Você é "catarina"? Estou quase falando que sou, mesmo porque, como diz meu amigo querido Cleverton, "Você tem cara de polaca". Tá ótimo!
Samantha disse que conheci mais pessoas aqui no prédio em três dias que ela em mais de um ano! Juro que não sei porquê... hahaha
Mais retalhinhos amanhã.

domingo, 5 de outubro de 2008

Um dia ele chega...

Há um dia no qual o amor chega. Antes disso, já se fez tudo o que podia, já se tentou tudo o que podia e já se sofreu e desistiu muitas vezes. Experiências que não podemos classificar como certas ou erradas porque tudo o que fizemos por amor naquele momento foi o melhor que poderíamos ter feito.
O amor conquista tudo, certo? Errado! Ele não trabalha com desonestidade, negação, medo ou tentativa de agradar o outro. Quando há medo, o amor não pode resistir, pois fisicamente é impossível que duas coisas ocupem o mesmo espaço ao mesmo tempo. Quando há desonestidade e mentiras, quando nos escondemos ou nos negamos, o amor não pode existir.
Caso optemos por esse tipo de relação, a dor que acabamos sentindo é imensa no corpo e assombrosa na alma.
Experimentar o amor verdadeiro é experimentar força e coragem e não certo e errado. É estar vulnerável, porque o amor nos torna vulneráveis. Ele nos traz movimento e mudança e nos faz tomar posse de nossa verdadeira identidade. Ele tem uma força tal que impulsiona o crescimento de duas almas e ainda que os descrentes digam que amar é perder a liberdade, eu digo que o amor dá asas. É a chance de duas pessoas mudarem juntas e crescerem juntas. Somar um mais um pode resultar no infinito.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Desprender: soltar-se, desligar-se (Dicionário Aurélio).

É muito bom lembrar de coisas boas: os primeiros moranguinhos colhidos na horta do avô, os passeios na praça regados à pipoca e caçulinha, fugir dos gansos do sítio – loucos para pegar perninhas de crianças sapecas, o primeiro beijo, geléia de amora com requeijão, bigode de leite...
Mamãe me contou bem cedo que a palavra recordar vem do latim re-cordis e quer dizer “torna a passar pelo coração”. Então, se as lembranças tornam a passar pelo coração e podemos escolher o que lembrar, por que machucar nosso músculo cardíaco – não é só o coração emocional que se fere – lembrando de todas as coisas que nos fizeram sofrer e o quanto nossa vida é uma lástima?
Sinto compaixão por certa pessoa. Já quis dar um chacoalhão nela, mas não funcionou. Cada pessoa tem seu tempo para acordar e o que ouvi foi: “seu mundinho é cor-de-rosa”. Então ok!
Acredito que devamos abandonar certas lembranças e tudo o que não está mais funcionando em nossa vida. A vida fica pedindo que mudemos, que abandonemos o velho, que aproveitemos o momento presente, que é um presente. A gift. Uma experiência passada já não existe mais, porém, traz conseqüências.
E não dá para carregar em nossa mala tudo o que a gente recolhe durante a viagem da vida. Na realidade, ela deve ficar bem leve para que possamos andar com um mínimo de peso. Contudo, na maioria das vezes, a chave para se desfazer dessa bagagem extra – e no caso de “certa pessoa” – é o perdão. Saber perdoar aquele que nos magoou, a humilhação que sofremos em um dado momento, o ex-amor, e, principalmente, saber perdoar a si mesmo.
Quem não fecha a porta do passado, não se abre para uma nova experiência.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Magia...

Será que não restou um só dragão? Um só bravo cavaleiro e uma única princesa andando em florestas secretas em meio às borboletas azuis?
Além das fronteiras encantadas, princesas e cavaleiros hoje se escondem uns dos outros, uns nos outros e em si próprios. Os dragões já não soltam fogo por suas ventas, mas se vestem com fracasso, com desilusão, com desesperança.
Eu creio em sonhos. Creio que nós não perdemos o escudo azul que nos protege dos dragões, porque temos algo em nós que não é poeira, é magia. E essa magia fará surgir um dia um bravo cavaleiro ou uma linda princesa que salvará nossa vida em uma história onde as forças da morte parecem e as forças da vida são.